Parece ser do conhecimento comum que as mulheres têm a capacidade de levar os homens a fazer tudo o que querem. Usam, para isso, técnicas apuradas de jugo e manipulação, jogos de poder, amuos e violências de vários graus que tanto podem ser em forma do tão odiado silêncio gritante como em forma de palavra de agressividade apropriada ao contexto.
Comprovadamente é. Para minha grande infelicidade, sou de momento espectadora de um episódio que gira em torno de eu-mando-tu-obedeces-se-não-o-fizeres-há-chatice. Ser-me-ia indiferente se não me tocasse cá no nervo sensível, motivo que me leva a estar em modo mola com fecho de segurança triplo, não vá sair-me qualquer coisa disparada pela boca, saídinha directamente dos pulmões sem passar pelo cérebro censório.
Parece ser do conhecimento comum que as mulheres são umas manipuladoras de primeira. Menos eu. Tenho a capacidade de convencimento de uma abóbora e, se me preocupo e pergunto tão-só «está tudo bem?», sou maluca, estou-me a passar, não ando bem, vejo coisas que não lembram a ninguém, porque, meus caros, o cérebro masculino em causa pensa pelo cérebro feminino que sabe realmente manipular.
É, eu tenho a capacidade de convencimento de uma abóbora, talvez fosse melhor deixar de ser tão compreensiva, tão não-me-meto-na-tua-vida, tão dar espaço e respeitar. Se calhar, devia começar a bater mais o pé e a fazer fitas e dramas, que abomino, e os joguinhos , que não sei fazer, mas parece que os homens gostam, valorizam e, la crème de la crème, obedecem!
Entretanto fiz bolachas e biscoitos. Não cresceram - talvez tenha batido demasiado na massa.